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Clima colabora para a produção de grãos
Chuvas voltam à normalidade e trazem alívio aos produtores paranaenses.
Depois de um longo período de apreensão por causa da falta de chuvas no início da safra 2012/13, finalmente os produtores paranaenses respiram aliviados com as precipitações que vêm ocorrendo nas últimas semanas. Segundo meteorologistas, o clima deverá continuar neste ritmo de chuvas constantes até a colheita da safra. Com base em um levantamento agrometeorológico realizado pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) até março de 2013 o volume de chuvas em Londrina e região, por exemplo, deve permanecer dentro dos padrões para esta época. Em janeiro, a precipitação deve ficar dentro da média registrada em anos anteriores, que é de 218,5 milímetros. Para fevereiro e março, o volume de chuvas deve ser de 188,8 mm e 138,1 mm, respectivamente.
Heverly Morais, pesquisadora em agrometeorologia do Iapar, explica que para os próximos três meses, a região deve sofrer com chuvas fortes, acompanhadas de incidência de raios e rajadas de ventos. Segundo ela, esse cenário é bem diferente do que ocorreu no final de setembro e começo de outubro, período de início do plantio da soja e do milho. Por causa de uma forte estiagem que atingiu não só a região, mas todo o Paraná, muitos produtores tiveram que esperar a volta das chuvas para iniciar a semeadura, o que comprometeu o cronograma de safra para alguns agricultores.
Maurício Okimura, produtor de grãos na região de Paiquerê (zona rural de Londrina) foi um dos que prorrogaram o plantio da safra de grãos por causa da falta de chuva. Mesmo tendo que esperar para plantar, ele comemora a decisão de atrasar o plantio porque a sua lavoura não sofreu com a falta de água. A única dificuldade apontada por ele até o momento é a aplicação dos defensivos agrícolas, que não são permitidos quando há ocorrência de chuva. Mesmo assim, ele comemora a volta das precipitações. "Se o clima continuar assim, será bom para as lavouras", salienta.
A pesquisadora em clima do Iapar explica que 2012 foi um ano muito seco. Somente em Londrina e região o deficit hídrico chegou a 200 mm. No segundo semestre do ano, foram cerca de 70 dias sem chuvas. Heverly explica que no inverno passado, por exemplo, período que antecedeu o plantio da safra, choveu pouco por causa de um bloqueio atmosférico que impediu as frentes frias de atuarem no Paraná. "Já na primavera, o canal atmosférico vindo da Amazônia ficou enfraquecido, o que reduziu a umidade e, consequentemente, o volume de chuvas", observa.
Segundo a pesquisadora, o que salvou as lavouras de grãos na região foram as precipitações de dezembro. Em pleno desenvolvimento das plantas, a região de Londrina recebeu no mês 232,7 mm, contra 86,4 mm referente a dezembro de 2011. O meteorologista do Simepar, Tarcísio Valentin da Costa, completa que as frentes frias estão agora atuando dentro da normalidade no Paraná, beneficiando não só Londrina, mas toda a região Sul do País.
Fonte: site Folha de Londrina
postado em 14/01/2013