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Governo promete R$ 16 bi para inovação
Valor será destinado este ano como crédito subsidiado ao setor produtivo e representa metade do pacote de R$ 32,9 bi anunciado ontem.
O governo federal espera desembolsar cerca de R$ 16 bilhões em crédito subsidiado para o setor produtivo aplicar em inovação ainda neste ano, num esforço para elevar a taxa de investimentos no Brasil, e, com isso, acelerar o ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013. O volume representa metade do pacote de R$ 32,9 bilhões lançado ontem pela presidente Dilma Rousseff.
Depois de passar cinco meses em gestação, o 15.º pacote da gestão Dilma, denominado Plano Inova Empresa, tem como meta expandir a inovação na indústria de transformação. Os principais operadores dos recursos, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vão reduzir para até 95 dias o processo de análise do projeto de inovação das empresas e liberação dos recursos.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que o pacote vai ajudar a sustentar uma alta de 5% nos investimentos este ano. "Tivemos um primeiro trimestre muito forte, o melhor
Ao todo, R$ 20,9 bilhões são referentes a crédito subsidiado, com juros de 2,5% a 5% ao ano, com prazo de carência de quatro anos. Além disso, R$ 7,6 bilhões serão emprestados sob outras condições, incluindo R$ 1,2 bilhão a fundo perdido.
Serão atendidas pelo novo pacote do governo empresas de sete setores considerados estratégicos - petróleo e gás, energia, complexo industrial da saúde, cadeia agropecuária, socioambiental, aeroespacial e defesa e tecnologia da informação e comunicação (TICs).
"Vamos apoiar projetos das empresas, agora é a hora de o setor privado apresentar propostas. Não vamos colocar dinheiro nos laboratórios federais e nas empresas, mas nos projetos que eles venham a desenvolver", disse ao Estado o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp.
Acompanhamento. A aplicação dos recursos pelo setor privado será acompanhada de perto pelo governo. A presidente Dilma Rousseff criou ontem um comitê gestor do novo programa, formado por cinco ministérios, entre eles um que ainda não existe efetivamente, a Secretaria de Micro e Pequena Empresa.
Outro braço de atuação direta do governo será a nova empresa pública, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Segundo afirmou Dilma ontem na cerimônia no Palácio do Planalto, o governo vai "mensurar, monitorar que o dinheiro saia do governo e vá para a inovação". Para Dilma, a Embrapii "terá papel fundamental na articulação entre institutos de pesquisa e o setor privado". A Embrapii, que será uma Organização Social (OS), terá capital inicial de R$ 1 bilhão até o fim do ano que vem.
"Temos um desafio enorme, que é fazer com que a Embrapii seja um alavancador do desenvolvimento tecnológico do País", disse Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo Guilherme Lima, vice-presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), o principal mérito do pacote é o direcionamento do governo em torno da inovação. "Não parece ser mais um assunto pontual", disse ele.
Fonte: site O Estadão - Estado de S. Paulo
postado em 15/03/2013