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Venda de colheitadeiras deve bater recorde em 2013

Aumento na produção brasileira de grãos vai impulsionar o mercado, que espera negociar 9 mil unidades no País.

Os bons preços das commodities, a baixa taxa de juros do Finame - linha de financiamento ofertada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - e a produção recorde de grãos fará com que os produtores brasileiros adquiram até o final de 2013 por volta de 9 mil colheitadeiras, um número recorde no País.

A projeção favorável já anima players do setor, como é o caso da Case IH, que esta semana abriu pela primeira vez sua fábrica localizada em Sorocaba (SP) para a imprensa. Nos últimos 12 anos, o market share da empresa pertencente ao Grupo Fiat, no Brasil, saltou de 1% para 19%, sendo que no primeiro semestre deste ano seu crescimento nas vendas de colheitadeiras foi de 73%. No primeiro semestre, a Case IH cresceu 46% em colheitadeiras e 72% em tratores no mercado paranaense, comparado ao mesmo período do ano anterior.

A fábrica do interior de São Paulo possui área total de 526 mil metros quadrados (m²), sendo 160 mil m² totalmente cobertos. Em apenas um turno de fabricação, são produzidas 12 colheitadeiras por dia, além de componentes para outras máquinas produzidas na planta de Piracicaba (SP). A moderna estrutura impressiona pela tecnologia implantada em toda a linha de produção, além da organização de todas as áreas.

Não há dúvidas que o momento é bom para o mercado de colheitadeiras. Se em 2010 - quando houve uma reformulação na planta de Sorocaba e início da produção das colheitadeiras –, a Case produziu 178 máquinas, em 2013 o número deve fechar em 2.494 unidades. Isso dá uma média de 3,4 máquinas por funcionário e sete vezes mais do que era constatado há três anos. "Num pequeno espaço de tempo, crescemos muito. Isso mostra que o mercado está favorável e estamos no caminho certo. Em 2012, fomos a única marca do País que cresceu nos segmentos de colheitadeira, tratores e colhedoras de cana", comentou o vice-presidente da Case na América Latina, Mirco Romagnoli.

O ritmo da fábrica tem capacidade de atingir a produção de 20 máquinas diárias. Em duas linhas de montagens são desenvolvidos seis modelos de colheitadeiras e 78 versões para se adequar aos clientes. A fábrica é dividida em três prédios, sendo um de fabricação, um de pintura e um de montagem, além do centro de distribuição de peças, que conta com 13 milhões de unidades numa área de 66 mil m².

Do total de 9 mil colheitadeiras que serão vendidas esse ano, 20% devem sair da fábrica da Case. Em 2008, o número era de 10% do mercado do total. Em 2014, a expectativa é que o mercado não seja tão aquecido, vendendo por volta de 7,5 mil máquinas, número ainda superior a 2012. "A alta do dólar já fiz com que os custos de produção aumentassem, mas como o mercado é muito competitivo, ainda não sabemos o quanto será repassado ao consumidor final", complementa o diretor comercial da Case César Di Luca.

Renovação

Apesar das vendas de colheitadeiras baterem recorde esse ano e a taxa de renovação das máquinas utilizadas no campo estarem mais aceleradas, 50% dos tratores nacionais têm mais de 20 anos de atividade, enquanto as colheitadeiras, entre 10 e 15 anos. "O ideal seria uma colheitadeira, por exemplo, ser trocada a cada seis anos, mas para isso o produtor precisar ter facilidade para comprar e pagar pela máquina. Nos Estados Unidos, há casos de maquinários serem trocados de três em três anos", complementa Di Luca.

Fonte: site FolhaWeb - Folha de Londrina

postado em 20/09/2013


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