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Ações reduzem o impacto ambiental no segmento de equipamentos Off-Road
Grandes marcas buscam o caminho da sustentabilidade e buscam se destacar com diferentes formas de diminuir os problemas desde a fabricação até o descarte dos equipamentos.
Resolução que propõe mudanças na emissão de poluentes e ruídos em equipamentos fora de estrada, dentro desses também a chamada Linha Amarela, terão dois momentos decisivos. A partir de 2015 a resolução cria determinação de limites para modelos com potência igual ou superior a 37kW. Todos os modelos que se encaixem nessa característica deverão atender aos limites da fase MAR-I, já em 2017 todos os motores destinados às máquinas rodoviárias em produção ou importados independente de faixa de potência deverão atender aos limites estabelecidos pela resolução da CONAMA.
Destaques entre os grandes nomes de equipamentos rodoviários, marcas como CASE, New Holland, Volvo CE e Caterpillar já adiantam-se à legislação nacional e já executam ações visando melhorar os processos sustentáveis e que proporcionem bem estar ao público.
Em matéria divulgada na revista M&T número 172 do mês de setembro, alguns dos técnicos, gerentes, e especialistas das 4 que figuram entre as maiores marcas comentaram os detalhes e procedimentos que as empresas já estão executando.
Mesmo com uma legislação em pontos defasada de outros países, a sueca Volvo e a norte-americana Caterpillar informam que já trabalham com sistema de dreno ecológico para facilitar a troca de óleo e causar menores impactos ambientais. Bóris Sanches, gerente da engenharia de vendas da empresa sueca, comentou sobre o funcionamento que por intermédio de conexões a válvula somente é aberta após estar corretamente fixada. Mesmo com a resolução entrando em vigor a legislação nacional ainda é defasada em alguns aspectos, é o que comenta Hugo Aguiar, engenheiro ambiental da CAT, atualmente não há impedimentos para a utilização de alguns materiais cancerígenos, por exemplo, amianto, que cientificamente já foi comprovado como elemento cancerígeno, ainda assim, nada impede que a fibra seja utilizada em material de fricção e freio. Aguiar comenta que o material já foi banido da empresa desde 1992.
Os esforços para o desenvolvimento de uma cadeia de produção menos impactante ao meio ambiente envolve diversos fatores. Segundo Bruno Campos, chefe da qualidade em meio ambiente da planta fabril da Volvo CE, a política ambiental da empresa é norteada pela sustentabilidade de nos processos produtivos, chegando atualmente ao alcance de 96% de processo de reciclagem e reaproveitamento energético, na produção dos equipamentos.
Mesmo com alguns aspectos em defasagem em determinadas áreas, em outras o país já possui um sistema regulamentar referencial no nível mundial. Para utilização de baterias veiculares, a legislação nacional define limites para a presença de substâncias nocivas como chumbo, cádmio e mercúrio nas baterias, além de estabelecer normas para o gerenciamento ambiental, é o que o gerente de marketing de produto da Case Construction, Carlos França. Outro destaque foi para a Lei Federal 12.305 que visa a criação de um plano nacinal para controle de resíduos sólidos, tais como pneus, óleos, filtros, lâmpadas e componentes eletrônicos.
França explica que a empresa se baseia num processo produtivo de 10 pilares, dentre esses um é o meio ambiente, e nesse preceito a Case busca a criação de projetos que minimizem o consumo de água, energia, gás e outras fontes naturais, e também revela que na empresa hoje 92% de todos os resíduos gerados no processo de produção são reutilizados.
Outro gigante do setor é a New Holland, integrante do Grupo Fiat, que destaca como maior preocupação da empresa a emissão de poluentes. Diante disso a empresa já desenvolveu a linha de motores padrão Tier III.
Como a partir de 2017 só poderão ser comercializados os modelos regulamentados dentro do padrão determinado pela resolução 433 da Conama, parte dos grandes fabricantes de máquinas no segmento Off-Road já estão desenvolvendo estratégias para atender à regulamentação.
Confira a tabela de Limites para emissão de gases e ruídos no MAR-1.
Fonte: Revista M&T – Edição 172/Setembro 2013
postado em 23/09/2013