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Agricultura tem R$ 5,6 bi para apoiar comercialização da safra
O governo desembolsou em 2013 R$ 430,35 milhões para o escoamento de milho. O mercado já especula que o governo precisará mais uma vez apoiar o escoamento da safrinha em 2014.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou no início de janeiro que a pasta dispõe de R$ 5,6 bilhões para apoiar a comercialização da safra 2013/14, montante superior aos R$ 4,9 bilhões de 2013. No entanto, enfatizou, os recursos só serão utilizados se houver necessidade de intervenção. "Não estou prometendo que vamos fazer (leilões de apoio à comercialização), mas se for necessário o governo tem bala na agulha, sim", afirmou.
A tendência, segundo o secretário, é de que o setor produtivo do milho continue demandando apoio, a exemplo do que ocorreu em 2013, quando os preços do cereal caíram a patamares abaixo do mínimo de garantia do governo no Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso.
O governo desembolsou, no ano passado, R$ 430,35 milhões para o escoamento de 8,861 milhões de toneladas de milho, das quais 8,438 milhões de toneladas são de Mato Grosso. A Companhia Nacional de Abastecimento também realizou leilões de contratos de opções de venda, nos quais foram arrematados prêmios para entrega de até 2,08 milhões de toneladas de milho ao governo ao preço de R$ 15,12/saca. O mercado já especula que o governo precisará mais uma vez apoiar o escoamento da safrinha em 2014, por meio dos leilões de Prêmio de Escoamento da Produção (Pepro).
Geller reforçou que o governo tem estimulado produtores de Mato Grosso a buscar culturas alternativas para a segunda safra, como feijão e mesmo o trigo que, segundo ele, já tem cultivares adequados à produção na região. "Queremos deixar o produtor consciente de que existem culturas mais rentáveis."
Região Sul
O secretário afirmou, ainda, que o ministério já preparou a minuta da portaria interministerial, em análise pela Fazenda, para a realização de leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) para milho se houver necessidade de atender as agroindústrias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Os dois estados cultivam apenas uma safra de milho e tem neste ano um verão com menos chuvas, o que pode comprometer o potencial produtivo. Segundo o secretário, para que medidas como o VEP sejam implementadas cabe às lideranças de produtores exercer pressão política. "Temos quase 1,6 milhão de toneladas de milho nos estoques públicos do governo", disse, explicando que o governo tem condições de apoiar o abastecimento na região, se houver algum dano às lavouras ou alta significativa de preços.
No entanto, apesar da estiagem de cerca de 15 dias no Rio Grande do Sul no final de dezembro, Geller afirmou não esperar uma diminuição da produção de milho no Estado. A safra gaúcha do cereal está estimada em 5,34 milhões de toneladas, apenas 0,7% inferior à da temporada 2012/13.
Fonte: site FolhaWeb - Folha de Londrina
postado em 29/01/2014