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Safra de Milho deve superar a de Soja

Segundo a Conab a expectativa é que a soma da primeira e segunda safra, se chegue a uma produção total de 67,79 milhões de toneladas.

Brasília - Com crescimento de 53,1% na produção da segunda safra – o que equivale a um total de 11,42 milhões de toneladas – o milho foi o destaque apontado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no levantamento de grãos 2011/2012, divulgado hoje (5). A expectativa é que, juntando a primeira e a segunda safra, se chegue a uma produção total de 67,79 milhões de toneladas, superando inclusive a safra de soja, estimada em 66,37 milhões.

A produção total de grãos deverá alcançar 161,23 milhões de toneladas. Segundo a Conab, isso representará, caso sejam confirmados os números, queda de 1% na comparação com a safra 2010/2011, (quando foram registrados 162,80 milhões de toneladas).

Os grãos que apresentaram reduções mais significativas foram a soja, com queda de 8,96 milhões de toneladas, e o arroz, que registrou redução de quase 2 milhões de toneladas. Esse recuo, destaca o estudo da Conab, se deve “às condições climáticas não favoráveis”, principalmente no período entre 15 de novembro de 2011 e 15 de janeiro de 2012.

A entidade sustenta que as lavouras mais afetadas foram as de milho e soja na Região Sul, em parte do Sudeste e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Aponta também, como problema, a “forte estiagem nos estados nordestinos, que causou perdas em todas as culturas”.

No Nordeste, sobretudo no Semiárido, a estiagem castigou a produção em geral, com queda de 20,2 % em relação à safra passada. No semiárido, as perdas foram superiores a 80%. No Rio Grande do Norte, a redução ficou em 89,6% para o feijão e em 91.9% para o milho. No Ceará, as perdas do feijão chegaram a 84,7% e as do milho a 87%.

A área cultivada de milho segunda safra cresceu 22,0 %, ou 1,3 milhão de hectares. A de soja registrou aumento de 3,5% (ou 856,5 mil hectares). A de arroz e de feijão apresentou redução. No caso do feijão, a Conab aponta como justificativa da queda problemas na comercialização, dificuldades climáticas na Região Nordeste e os preços baixos durante o estabelecimento da primeira safra. No caso do arroz, a justificativa está relacionada à falta de água nos reservatórios, ao aumento no custo de produção e aos preços pouco atrativos.

A estimativa total de área plantada no país é 51,05 milhões de hectares, número 2,4% maior que apresentado na safra 2010/11, que registrou 49,87 milhões de hectares.

Fonte: Pedro Peduzzi – Agência Brasil

 

postado em 05/06/2012


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